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Nossa Aldeia

Aldeia Rio Pequeno de Paraty de etnia Guarani Nhadewa


Aldeia Guarani em festa

A presença dos guarani no litoral do Rio de Janeiro liga as correntes migratórias proveniente do oeste que vem descendo desde o princípio do século XVII, o movimento das jornadas seria a busca da "terra sem males" ou em guarani yby opa e yby maray.

A riqueza da Mata Atlântica se tornou um abrigo ideal para este povo resistente que luta diariamente pela preservação cultural e de suas tradições, com muita humildade e perseverança. Com uma cultura de união e respeito eles trabalham juntos pelo sustento das famílias da aldeia.

Atualmente vivem quase que exclusivamente da produção e venda de seus artesanatos aos turistas e visitantes de Paraty.

Com as terras demarcadas a poucos anos, mas com uma infraestrutura muito precária e pouco apoio governamental, é uma comunidade muito carente e que luta para manter o sustento das famílias e a cultura de seu povo.

“É preciso conhecer para respeitar”

“Somos uma comunidade Guarani Nhadewa e viemos do Mato Grosso do Sul”, conta Neusa Mendonça. A comunidade que está na região da Bocaina há 24 anos, ainda não teve seu território demarcado e reconhecido e seguem nesta luta. “Dentro das aldeias nós trabalhamos com o coletivo, sempre. Não existe trabalho individual, mas isso traz a necessidade de muito diálogo porque recebemos as influências externas do povo branco”, diz.

“Entendemos que para o povo branco respeitar e valorizar a nossa cultura, precisa conhecer."

“Ir para a cidade vender artesanato não traz melhorias para nossa vivência. Precisamos ficar dentro da aldeia, ensinar as crianças a continuação da nossa cultura, as danças, as moradias, conversar um com o outro. Tudo isso é muito importante cuidar da nossa cultura”, destaca Sônia Mendonça."

Por estes fatos e relatos que esta loja virtual desenvolvida com o apoio da ONG Tribo do Bem e da empresa patrocinadora DM4Brasil, tem como principal objetivo a disponibilização de seus trabalhos artesanais para um maior público pela internet, iniciando em caráter de urgência neste momento de pandemia onde o turismo em paraty está 100% fechado, matando o sustento mínimo destas famílias. E com o sucesso desta iniciativa poder manter os indígenas mais focados na produção de seus artesanatos e no cuidado de seus filhos e da aldeia e não terem tanto que ir até a cidade para venderem nas ruas os seus trabalhos.